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sábado, 30 de maio de 2009

Não sou palavra

Não sou a palavra
Pura,
A definição
Clara
Do teu pensar!
Sou um sentir
Um sussurro
Autêntico
Intenso
Do que espero!
Do que te quero!
E só me desnudo
Na minha verdade
No meu silêncio!
Do teu olhar
Quero o tempo
E não um momento
De nós!

Os meus pintos

Os meus pintos já buscam contos ....

Atentos às novidades das letras, ainda a tremelicar e a tropeçar nos acentos e nas sílabas tónicas, lá vão eles em fila indiana até ao aconchego final.

Os olhitos aflitos e questionadores devoram as palavras a preceito e vestem-nas de um verde esperança que me cabe na bolsa que levo a tiracolo, com os utensilios necessários à dissecação dos textos e das frases simples próprias das suas tarefas.

Nesta semana, a preocupação maior é a Mãe, o seu dia vem a trote e é preciso ultimar o presentinho que vive no nosso imaginário e esconder muito bem para a surpresa ser uma realidade, embora a ânsia seja muito dificil de conter.

Para a semana, novas aventuras estão planeadas, um teatro numa tenda, uma apresentação para todos os visitantes das letras, à nossa terrinha.

Desta forma, os ensaios dos "ovos misteriosos" também fazem parte do dia a dia destes pintos, que crescem a olhos vistos e devoram o saber aliado ao saltar da corda e do futebol trapalhão, onde a correria aos molhos acontece no dia a dia, em espaço valorizado para as traquinices.

É um gosto vê-los a andar de bicicleta, quase sem mãos!



Carolina

Sou

Sou o teu engano
a ambiguidade
do parecer ser!
O dizer
do silêncio
que agarra
que chora
no amanhecer,
Sem esquecer
as amarras
do meu pensar.
Sou o tema
do teu poema
qual dilema
no acontecer
obscuro
difuso
profuso
sem uso.
Quero ser
a musa do teu
falar.
A centelha
do teu viver!

Espelho

Tirei
O sobretudo à noite
Vi-me sorrir e
O sonho
Presente
Alertou – me
para reflectir
no meu porvir.
Esquecer mentiras
Do sentir.
Desviar do olhar
Mesquinho
pedregoso pretérito.
Valiosos sonhos
A imagem reflectiu!

Bocejo

Bocejo
Do tédio apalavrado,
bem falado
Do vizinho do lado
Astuto,
Poluto.
Cansada escuto
o bruto.
Paleio doutorado,
compassado, a rigor
Vem o doutor.
Aproveito e apronto
A bem dita,
Regada a preceito
Com horas
Sonhadas.
Por fim,
Cantam os pintos felizes!

Com tempo

Fecho os olhos...
Percorro o tempo
Deambulo
nas memórias
sentidas
no gosto.
Tacteio deliciada
os olhares teus.
Sorrio nos gestos
pensados na pele.

és

És um momento de um tempo…

Saudade à solta

Um contratempo presente

Uma doce brisa

És um rodopio bravio

Virulento

Cadenciado

Aplainado pelo pensamento.

És um poema em contramão

Vestido com a razão!

leveza

Nas mãos a macieza prometida

Deixada nos doridos exagerados

Pelo tempo

Suspiros de memórias brotam da imensidão

Enriquecera o momento pelo perfume exalado

Massajara os sentidos aligeirando o cansaço

Adormecera a alma no recanto do prazer!

..

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