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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ponto .

Quero libertar-me da estranheza do teu ser,
Das amarras que me afundam a razão
E deslizo profundamente sem retorno
Ao sabor dos teus beijos adormecidos.

Vejo candura e cerram-me as palavras
No silêncio, habitam histórias de encantar
Oiço na tua imagem a emoção
Um olhar de soslaio que me enriquece!

Não vale a pena mais fraqueza, ilusão
Parto ao sabor da tormenta e sigo
Taciturna, o poente do amor
Tacteando a verdade nua e crua .

Um dia vou buscar o céu!

Mais um dia em que o Sol se esfumou como nuvens procurando poiso para cair.

Aquele tempo nunca mais apareceu, nem nas palavras deu ares de si.

Não é que me deixe ansiosa, mas gostava que aparecesse e desse ares de sua graça.

É verdade, os patos nadam no lago azul e o grilo continua a cantar no jardim afunilando os olhos dos sapos.

Hoje, sonhei com ele, estava fresquinho com duas pedras de gelo.

Espero que a verdade seja servida em novas taças e as velhas se mantenham de pernas cruzadas, não vá o instinto dar uma volta fatal de cento e oitenta graus e tudo virar do avesso.

Um dia vou buscar o céu ...

imagem

Adormeço num sonho

Onde imagens distorcidas

Juram poemas de amor.

Um novo dia sorri

Em promessas vãs.

A vontade morre

Na distância de um olhar

As mãos escondem

Um beijo ousado.

Ausência

Invento um olhar de palavras de amor. Ao longe as palavras seduzem o poema.
Calo o silêncio e fumo um cigarro apagado.
Espero o tempo de um abraço apertado, de um amor apregoado.
O champanhe continua em forma de beijo, que demora a chegar.
Para atrair um fantasma tocam - se as mãos em sorrisos.
Vem a noite e tece juras eternas perto de um livro que se escreve.
As ausências são um mal necessário e o bar está fechado.
Mas eu, eu embrulho -me no tempo!

O amanhã podia ser hoje!

O amanhã até que podia ser hoje!

Hoje é o tempo ideal, o champanhe está fresco, o olhar macio e eu estendi a roupa no estendal.

Mas esperemos pelo amanhã, já que não pode ser hoje.

A cada dia que passa, acrescenta -se uma vontade imensa do amanhã que nunca chega. O amanhã é um tempo eterno para os amantes.

O futuro podia estar presente, hoje!

conforto

Cansada de palavras,
gestos,
festas
e afins,
deixo-me levitar
num espaço
teu
onde moram
poemas,
sorrisos,
beijos
que afugentam
as dores,
os mal- dizeres.
No fim ficam
os sorrisos
em forma de sonho!

Insensibilidade

Vesti -me de tempo
Vagueei
Pelos caminhos
De outrora.
Não vi
A saudade
Nem sequer
A vontade.
Guardei
No tempo
Os sorrisos.
Nas muralhas
Erigidas
Ao abandono
Prendi uma
Lágrima.