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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Oásis

Sou o teu oásis de estrelas
Uma tempestade de silêncios
de arrepios ao Sol Poente.

Percorro atalhos pelos dedos
Conto palavras no arco-íris
Sussurrando perecias aladas.

Quero resgatar a ternura amputada
Nas tuas mãos esquecidas
Lembranças de sentidos proibidos
Que marcam vitórias de beijos.
Loucuras premiadas com risos
Com sonhos de um outro sempre.



Carolina

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

tu

Tu
Ilusão perdida
Engano fora de horas,
Um nó perdido na garganta
Incandescência rubra magoada
Lágrimas avulso em tempo de Primavera,
Ferro enferrujado pela mágoa, gaivota em terra
Buliçoso mergulho nos pensamentos que eram nossos
Grito sem eco na montanha mais alta da cobardia
Arena sem tempo, cantigas ao desbarato
em noites de serenata de cigarras.
És tu, amor em tempestade
Estrada sem sentido
Meu amor
Tu

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Eu e tu

Passado
Entrega sentida
Esvoaçando na partilha de momentos nossos.
Esperas na noite de chuvas de beijos
Vertigens que buscava sem eira nem beira,
e depois ...
Amar, amar sem parar nas asas do vento,
Tempestades promiscuas de risos
Mares sedentos de torrentes intensas,
Busca de verdades pelo destino partilhadas
Em sonhos.
Pé ante pé na escuridão
De mentiras trocadas por ausências,
Por olhares.
Entrega perdida na noite
Por choros de anjos.
Nas palavras caladas pelo tempo
Rumo ao teu esquecimento.
Partida adiada
Presente.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Te amo

Tenho silêncios perdidos
Em palavras guardadas no tempo.

Aridez trazida pelo vento
Mendiga do meu contentamento, almejo
Olhares que busco na noite.

Tombam caladas as amarras, onde
Atalhos calcados, sinuosos...
Numa verdade prometida
Trazem esperança sentida
Onde sonho dia após dia.


Carolina

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Saudades

Sempre que a nostalgia silenciosa
Assola meus pensamentos e os profana~
Utilizo as palavras caladas
Dou silêncios prometidos ao tempo
Ando pela esperança
Dando vivas à tristeza, repentinamente
Entro na vida alterada.
Sinetas tocam ao vento e parto ...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Confissões


Sei muito bem que o "eu amo-te", até que nem é difícil de se fazer ouvir, ou de o apregoar.
Contudo, tudo o que daí advém, já requer mais perícia linguística, mesmo até do olhar pois, não tão fácil assim.
Eu digo sinceramente, sou uma chata amorosa compulsiva, sou melada quando acho que tudo é lindo, a chuva é melodiosa, o frio um pretexto e o silêncio uma obra de arte.São os telefonemas, as mensagens e agora os emails, tudo me serve para "consumir" a minha vitima, o meu amor.
Gosto das palavras caladas logo pela manhã, enquando o tempo aquece e o café anima o silêncio e o cansaço de uma noite pensada a preceito.
Por isso o S. Valentim deve ser sempre que nós quisermos, enquanto a saudade espreita e toma conta dos beijos molhados, à luz do luar,com a chuva a bater nas vidraças, onde a brancura dos lençóis aquece o tempo, sussurrando doces palavras de juras de amor eterno, eterno enquanto dura!
Carolina

Hoje estou triste


A tristeza invade e toma conta do tempo.
As palavras que me ocorrem são melancólicas e viradas do avesso da alegria, que normalmente, consomem o ar que respiro.
Mas hoje, nuvens negras, pairam no meu sentir, provavelmente irá chover no meu contentamento, senão faço o treino do pensamento matinal, sim esse em que arrumo as gavetas da nostalgia e calo o teu silêncio, com as palavras da memória, com o teu olhar que habita no meu ser...
Essa tristeza que me consome os sentidos é acompanhada pela música do teu afastamento, da ausência das tuas palavras.

Mas tudo é efémero, até a minha tristeza...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O nosso sonho


Sonho ou estupidez?
"O sonho comanda a vida, sempre que o Homem sonha..."tretas, são balelas que facilmente caem pelo ralo abaixo.
Eu sonho, tu sonhas, mas nós, não sonhamos e depois?
Depois, é seguir com a vidinha em frente porque as coisas não estão para liricos, sonhadores...
É preciso andar bem acordado para os abutres não poisarem com conversas da treta e levarem a água ao seu moinho.
Cada vez que caímos no conto do vigário perdemos umas noites de sono e essas nunca mais voltam, isso é que é verdade, ao contrário dos sonhos que teimam em ser alimentados por encontros de última hora, outrora alimentados e posteriormente embebidos por licor beirão com gelo, passando por um piquenique muito cuidado.
Pensava que sim, que era permitido sonhar, que todos tinhamos direito, mas pelas respostas que oiço, ou seja ausencias caladas, concluo que afinal há outra forma de sonhar, uma forma que terminado o repasto, logo se esquece o tempo.
A estupidez do sentir fica, mas logo passa e então voltaremos a sonhar, até que cheguem as estrelas e tudo volte a ser algodão doce ou chocolate quente nas noites frias à lareira, num ombro cheio de saudade, sonhando em unissono.
É o meu sonho, é o teu sonho e tem de ser o nosso sonho...

Carolina

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Os dias são feitos de esperas....

Também os dias são feitos de esperas, de vidas destroçadas pelo tempo, que teima em passar descompassado.
Lá fora, numa esquina, um mirone espera a melhor hora para atacar, uma nesga de vontades desfeitas pelo desemprego tirou-lhe o pão, a cama e a roupa lavada.
Risos acerbados de pares de namorados felizes fitam estrelas e juram amor eterno, acompanhados por vagas melancólicas de luar.
O sangue corre nas veias, espera-se que uma artéria entupida pelo fumo,encontre o caminho da verdade, até que a estupidez acabe.
Nunca se sabe o que pode acontecer, o destino é traiçoeiro e o amante é um perigo constante na vida certinha da rainha.


Agora, é vê-los passar de mão na mão, que raiva!!!




Carolina

De que me servem...

De que me servem as palavras
se emudeço...
E os teus beijos
De que me servem
se os não recebo...
De que me serve o tempo
se nem sequer te conheço.
Para que te trouxeram,
se me é proibido embriagar-me
com o teu perfume.
Porque me roubaram do alfabeto
as letras do teu nome,
os símbolos da tua presença...
Como é possível discretear o mundo,
sem gritar ao vento que te quero!
De que me serve o sonho
se ele não embala o meu sentir
E o amor...
De que me serve o amor
se é um esconderijo...

Carolina

Amar-te é plantar um sorriso na alma

Amar- te ...
É colocar um sorriso
Na alma esquecida no tempo.

São desejos pintados de risos
Corridos pela pressa
Pela brancura do brilho nos teus olhos.

É um tempo sem fim
Onde me quero perder
Em paletas coloridas
Serpenteadas de júbilo e paz.

É um aconchego de prantos
Onde beijos loucos, roubam a tristeza
De palavras caladas misturadas de lágrimas,
Que sobrevoam o presente
Bordado de um pretérito sentido.

Amar-te...
É fechar trincheiras,
cortar o pensamento
e seguir em frente!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Vem....

Embala-me as quimeras
que perdida me sinto
Na noite escura
A andar pelas vielas.

Ouço trovas e cantigas
que me embalam no tempo
Quando a Lua vem até nós
Somos eternas amigas.

Sinto o teu sorriso
Que me acalma
O teu amor sincero
Eleva-me a alma.

Vem acalmar meu coração
Trás o desejo contigo
Sinto tanto a saudade
Vem e ama -me de verdade .

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Guardo o desejo no pensamento

Fosse o destino quase um amuo
Fosse o tédio quase o silêncio
Fosse o tempo quase um sussurro.

Pintasses tu esta cor de amor
Seria delirante este sabor!

Levaria a vida nas minhas asas
Estaria o grito naquele momento.

Roubaria o teu encantamento
Seria tua estrela sorridente!

Mas não tens o sonho contigo
Levas as ruas para outro sentido.

É proibido intensificar este olhar
Pois a vida fica a chorar!

Guardo o desejo no pensamento!
Vou-me deixar de ansiar pelo tempo
Não mais marcar o sofrimento...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Dois pesos e duas medidas

Colocando os pratos na balança e medindo a intensidade da paixão é raro sentir que o fiel se encontra em equilibro.

É certo que a paixão não pode ser medida ou pesada, logo é impossível saber quem ama mais e quem ama menos.

Normalmente essa questão é posta em causa, prevendo-se até que o mel venha a esbordar para um lado, em detrimento do outro.

Permitam-me dizer ainda, que nestas coisas, as palavras têm muito a ver com a paixão, elas fingem poesias mais ou menos elaboradas, pondo em causa um certo misticismo nem sempre apreciado pelos intervenientes.

Se falarmos em saudade, então entramos num beco sem saída, porque há coisas que nunca mais voltam a ser como dantes, o tempo manda borda fora essas mesquinhices, mais cedo ou mais tarde.

Assim, penso que os pesos e as medidas são diferentes, quando se "mede" em actos e acções a intensidade da paixão, no homem e na mulher.


Carolina
Ontem, foi mais um dia em que o tempo se esfumou como nuvens procurando poiso para cair.
Aquele Sol nunca mais apareceu, apenas as palavras deram ares de si.
Não é que me deixe deprimida, mas gostava que aparecesse e desse um sinal de sua graça.
É verdade que os pintos andam na neve e o sapo continua no banco a contar cheques, mas e há sempre um mas, só que este...
Hoje sonhei com eles, foi bom.
Disse que não tornava a dizer, mas preciso e vou dizer, espero que um dia algo aconteça.
Espero que a verdade seja servida em novas alianças e as velhas se mantenham de pernas cruzadas, não vá o instinto dar uma volta de cento e oitenta graus e tudo virar do avesso.

Um dia vou morar no céu e então serei a tua eterna amante...!