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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O silêncio

O silêncio
é um mar
de sonhos
onde acordo
e me rendo
à vida..,

Então,
Procuro o amor
para nele
sonhar
com brilho
com anseio
De nele acreditar!

Visto o tempo
e caminho devagar
Sorrindo
porque
te vou encontrar!

sábado, 28 de novembro de 2009

O teu sorriso

Hoje calei o tempo com o teu sorriso.
Pelo meio apanhei uma chuva de pensamentos.
Eles falavam dos silêncios estremunhados pelas carícias mudas e dos olhos cerrados pelo tempo. Talvez por ser sábado preparei-me para o amor que não chegou a tempo de um beijo. Falei com a tristeza e parei dentro de ti, nas tuas méleas memórias presentes num futuro sempre próximo.
É preciso que se escreva a direito e se cumpra o prometido.
Os sorrisos são sempre uma delícia para o sentir, apesar de longínquos, merecem sempre a pena embrulhá-los com os teus braços.
E os beijos, esses calam o tempo e caminham na perfeição, sempre de olhos bem abertos, para não confundir o momento.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Um dia o amor

O amor não tem a ver com a noite ou com sorrisos ao Sol.
Ele escuta o choro e faz sorrir a lágrima.
No poema, o amor caminha a passos largos para a loucura, para a entrega.
A palavra gasta o tempo e depois afunila o pensamento. Foi por isso que emudeceu como o silêncio da noite. Era vê-la atolada de pensamentos, de vontades. Mesmo assim a escrita fugiu e demorou-se por terras de ninguém, alguém a viu muito longe.
Mas o amor faz falta quando está a nevar, eu acho! Mesmo de olhos bem abertos sente-se no aconchego, a ausência do tempo.
Um dia vou pegar ao colo a vontade de amar, depois não digam que me calei!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ponto .

Quero libertar-me da estranheza do teu ser,
Das amarras que me afundam a razão
E deslizo profundamente sem retorno
Ao sabor dos teus beijos adormecidos.

Vejo candura e cerram-me as palavras
No silêncio, habitam histórias de encantar
Oiço na tua imagem a emoção
Um olhar de soslaio que me enriquece!

Não vale a pena mais fraqueza, ilusão
Parto ao sabor da tormenta e sigo
Taciturna, o poente do amor
Tacteando a verdade nua e crua .

Um dia vou buscar o céu!

Mais um dia em que o Sol se esfumou como nuvens procurando poiso para cair.

Aquele tempo nunca mais apareceu, nem nas palavras deu ares de si.

Não é que me deixe ansiosa, mas gostava que aparecesse e desse ares de sua graça.

É verdade, os patos nadam no lago azul e o grilo continua a cantar no jardim afunilando os olhos dos sapos.

Hoje, sonhei com ele, estava fresquinho com duas pedras de gelo.

Espero que a verdade seja servida em novas taças e as velhas se mantenham de pernas cruzadas, não vá o instinto dar uma volta fatal de cento e oitenta graus e tudo virar do avesso.

Um dia vou buscar o céu ...

imagem

Adormeço num sonho

Onde imagens distorcidas

Juram poemas de amor.

Um novo dia sorri

Em promessas vãs.

A vontade morre

Na distância de um olhar

As mãos escondem

Um beijo ousado.

Ausência

Invento um olhar de palavras de amor. Ao longe as palavras seduzem o poema.
Calo o silêncio e fumo um cigarro apagado.
Espero o tempo de um abraço apertado, de um amor apregoado.
O champanhe continua em forma de beijo, que demora a chegar.
Para atrair um fantasma tocam - se as mãos em sorrisos.
Vem a noite e tece juras eternas perto de um livro que se escreve.
As ausências são um mal necessário e o bar está fechado.
Mas eu, eu embrulho -me no tempo!

O amanhã podia ser hoje!

O amanhã até que podia ser hoje!

Hoje é o tempo ideal, o champanhe está fresco, o olhar macio e eu estendi a roupa no estendal.

Mas esperemos pelo amanhã, já que não pode ser hoje.

A cada dia que passa, acrescenta -se uma vontade imensa do amanhã que nunca chega. O amanhã é um tempo eterno para os amantes.

O futuro podia estar presente, hoje!

conforto

Cansada de palavras,
gestos,
festas
e afins,
deixo-me levitar
num espaço
teu
onde moram
poemas,
sorrisos,
beijos
que afugentam
as dores,
os mal- dizeres.
No fim ficam
os sorrisos
em forma de sonho!

Insensibilidade

Vesti -me de tempo
Vagueei
Pelos caminhos
De outrora.
Não vi
A saudade
Nem sequer
A vontade.
Guardei
No tempo
Os sorrisos.
Nas muralhas
Erigidas
Ao abandono
Prendi uma
Lágrima.

sábado, 30 de maio de 2009

Não sou palavra

Não sou a palavra
Pura,
A definição
Clara
Do teu pensar!
Sou um sentir
Um sussurro
Autêntico
Intenso
Do que espero!
Do que te quero!
E só me desnudo
Na minha verdade
No meu silêncio!
Do teu olhar
Quero o tempo
E não um momento
De nós!

Os meus pintos

Os meus pintos já buscam contos ....

Atentos às novidades das letras, ainda a tremelicar e a tropeçar nos acentos e nas sílabas tónicas, lá vão eles em fila indiana até ao aconchego final.

Os olhitos aflitos e questionadores devoram as palavras a preceito e vestem-nas de um verde esperança que me cabe na bolsa que levo a tiracolo, com os utensilios necessários à dissecação dos textos e das frases simples próprias das suas tarefas.

Nesta semana, a preocupação maior é a Mãe, o seu dia vem a trote e é preciso ultimar o presentinho que vive no nosso imaginário e esconder muito bem para a surpresa ser uma realidade, embora a ânsia seja muito dificil de conter.

Para a semana, novas aventuras estão planeadas, um teatro numa tenda, uma apresentação para todos os visitantes das letras, à nossa terrinha.

Desta forma, os ensaios dos "ovos misteriosos" também fazem parte do dia a dia destes pintos, que crescem a olhos vistos e devoram o saber aliado ao saltar da corda e do futebol trapalhão, onde a correria aos molhos acontece no dia a dia, em espaço valorizado para as traquinices.

É um gosto vê-los a andar de bicicleta, quase sem mãos!



Carolina

Sou

Sou o teu engano
a ambiguidade
do parecer ser!
O dizer
do silêncio
que agarra
que chora
no amanhecer,
Sem esquecer
as amarras
do meu pensar.
Sou o tema
do teu poema
qual dilema
no acontecer
obscuro
difuso
profuso
sem uso.
Quero ser
a musa do teu
falar.
A centelha
do teu viver!

Espelho

Tirei
O sobretudo à noite
Vi-me sorrir e
O sonho
Presente
Alertou – me
para reflectir
no meu porvir.
Esquecer mentiras
Do sentir.
Desviar do olhar
Mesquinho
pedregoso pretérito.
Valiosos sonhos
A imagem reflectiu!

Bocejo

Bocejo
Do tédio apalavrado,
bem falado
Do vizinho do lado
Astuto,
Poluto.
Cansada escuto
o bruto.
Paleio doutorado,
compassado, a rigor
Vem o doutor.
Aproveito e apronto
A bem dita,
Regada a preceito
Com horas
Sonhadas.
Por fim,
Cantam os pintos felizes!

Com tempo

Fecho os olhos...
Percorro o tempo
Deambulo
nas memórias
sentidas
no gosto.
Tacteio deliciada
os olhares teus.
Sorrio nos gestos
pensados na pele.

és

És um momento de um tempo…

Saudade à solta

Um contratempo presente

Uma doce brisa

És um rodopio bravio

Virulento

Cadenciado

Aplainado pelo pensamento.

És um poema em contramão

Vestido com a razão!

leveza

Nas mãos a macieza prometida

Deixada nos doridos exagerados

Pelo tempo

Suspiros de memórias brotam da imensidão

Enriquecera o momento pelo perfume exalado

Massajara os sentidos aligeirando o cansaço

Adormecera a alma no recanto do prazer!

..

,,,

sábado, 28 de março de 2009

Um desejo vestido de prece

Mais um dia que não te senti no tempo

Não, não é o forte sentir da tua ausência que sinto

Muito menos as palavras no poema escrito

É a carência que em meus lábios escondo

Que ao meu tempo de prazer retiro

Da tua carne, na minha carne que grita!

A escuridão do Sol me persegue

E a imensidão do tempo que escapa

Levam- me aos confins da tristeza.

Por isso reclamo ao vento que amortece

A falta dos teus beijos repletos de prazer

Neste meu desejo vestido de prece

Que me leve aos teus beijos antes de morrer

Fazes-me falta

Fazem-me falta os teus beijos roídos de prazer,

Aqueles, em que os nossos lábios se enlouquecem

Numa dança estonteante do querer

Numa viagem ao infinito do prazer

Num tempo entre dois corpos que se querem.

Fazem - me falta os teus aconchegos apertados

Aqueles em que nossos peitos se falam

Numa vontade de mimo em surdina

Num querer ao sentir esquecido!

Fazes-me falta....

Acabaram -se os poemas

Acabaram os poemas de amor!

As palavras ficaram mudas de encantamento

Sobrevoam quimeras de angústias

Os sonhos foram pilhados pela calada da noite

e alimentam egos machistas!

Tristezas voam e rasgam socalcos em prantos.

O silêncio ganhou a imensidão da linha

Cantos de vitórias ofensivas rasgam

as entranhas do poema.

Não há antídoto para a pulhice

Deixem passar o moribundo...

Quero escrever no teu corpo

Quero escrever no teu corpo

Prosas, poesias ou coisa alguma

Com língua vestida de prazer

Na pele aveludada do sentir

Com os lábios de desejo.

Sentir cada pedaço teu

Com traços de amanhecer

Cruzando todos os sentidos

Percorrer cada labirinto do teu ser

Numa aventura estonteante.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Doem -me

Doem - me,
as palavras que calo
o tempo que espero!

Magoam-me
os lábios, os beijos
prometidos
e sempre adiados!

Adormeço
nos suspiros enunciados
e nunca concretizados!

Mas o maior tormento
é sentir o silêncio
presente....
É partir o teu olhar
para sempre!


sábado, 14 de março de 2009

Hoje, calo as palavras

Fui chegando
devagarinho ao teu olhar!
Caminhei na tua direcção
com um punhado de beijos.
Entrei sorrindo
no toque de um
sonho perdido.
Fui descobrindo
As delícias do teu abraço.
Espreitamos de soslaio
o anoitecer.
Calamos a noite
num beijo roubado
ao som de estrelas.
Agora, acabou o tempo
Calei as palavras
Ousadas, despertas!
Hoje...
Vou sentar-me numa lágrima
e guardar -te
no canto do olho,
Porque,
nunca tens tempo...

terça-feira, 10 de março de 2009

O tempo...

O
tempo
verte
lentamente...
numa
espera
profana
pelos
teus
beijos!!

sábado, 7 de março de 2009

Eu e tu

Ânsia,
fúria,
em bocas,
dementes,
luxúria
de beijos,
rasgados,
de prazer.

Línguas,
ardentes,
molhadas,
quentes,
ousadas,
enroladas,
em sofreguidão
de se ter.

Momentos
de corpos,
sugados,
abraçados,
enovelados,
amassados,
de tanto
querer.

Gemidos
roucos,
sorrisos
loucos,
cansados,
suados,
de tanto
viver.

Eu e tu…




quarta-feira, 4 de março de 2009

O beijo (teu)

imagem retirada do Google


Gosto do sabor dos teus lábios, naqueles beijos que não terminam. O toque macio da boca, a sensualidade da língua, a impetuosidade dos olhos semicerrados em momentos únicos. Um hino à eternidade efémera.
Fecha os olhos, sente o chilrear de dois corações em palpitantes melodias, o cheiro inebriante de dois corpos, a chuva de carícias voluptuosas em sensual desejo.
Beijo-te.

Beijo-te

Gosto do sabor dos teus lábios, naqueles beijos que não terminam. O toque macio da boca, a sensualidade da língua, a impetuosidade dos olhos semicerrados em momentos únicos.
Fecha os olhos, sente o chilrear de dois corações em palpitantes melodias, o cheiro inebriante de dois corpos, a chuva de carícias voluptuosas em sensual desejo.
Um hino à eternidade é a nossa sintonia!
Beijo-te...

terça-feira, 3 de março de 2009

Grito

Ah vontade
de vaguear
vezes sem conta
à procura de desejo
de sentir premente.

Ah vontade
sentida em crescendo
avaro
que dilacera
o meu sofrimento!

Ah vontade
de largar o mundo
horrendo
caminhar na esperança
onde falta teu corpo
vivendo

Ah vontade
De ressumar
ao esquecimento
De gritar,
enrouquecida, ao vento
A sacia do teu corpo
Meu alimento

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Oásis

Sou o teu oásis de estrelas
Uma tempestade de silêncios
de arrepios ao Sol Poente.

Percorro atalhos pelos dedos
Conto palavras no arco-íris
Sussurrando perecias aladas.

Quero resgatar a ternura amputada
Nas tuas mãos esquecidas
Lembranças de sentidos proibidos
Que marcam vitórias de beijos.
Loucuras premiadas com risos
Com sonhos de um outro sempre.



Carolina

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

tu

Tu
Ilusão perdida
Engano fora de horas,
Um nó perdido na garganta
Incandescência rubra magoada
Lágrimas avulso em tempo de Primavera,
Ferro enferrujado pela mágoa, gaivota em terra
Buliçoso mergulho nos pensamentos que eram nossos
Grito sem eco na montanha mais alta da cobardia
Arena sem tempo, cantigas ao desbarato
em noites de serenata de cigarras.
És tu, amor em tempestade
Estrada sem sentido
Meu amor
Tu

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Eu e tu

Passado
Entrega sentida
Esvoaçando na partilha de momentos nossos.
Esperas na noite de chuvas de beijos
Vertigens que buscava sem eira nem beira,
e depois ...
Amar, amar sem parar nas asas do vento,
Tempestades promiscuas de risos
Mares sedentos de torrentes intensas,
Busca de verdades pelo destino partilhadas
Em sonhos.
Pé ante pé na escuridão
De mentiras trocadas por ausências,
Por olhares.
Entrega perdida na noite
Por choros de anjos.
Nas palavras caladas pelo tempo
Rumo ao teu esquecimento.
Partida adiada
Presente.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Te amo

Tenho silêncios perdidos
Em palavras guardadas no tempo.

Aridez trazida pelo vento
Mendiga do meu contentamento, almejo
Olhares que busco na noite.

Tombam caladas as amarras, onde
Atalhos calcados, sinuosos...
Numa verdade prometida
Trazem esperança sentida
Onde sonho dia após dia.


Carolina

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Saudades

Sempre que a nostalgia silenciosa
Assola meus pensamentos e os profana~
Utilizo as palavras caladas
Dou silêncios prometidos ao tempo
Ando pela esperança
Dando vivas à tristeza, repentinamente
Entro na vida alterada.
Sinetas tocam ao vento e parto ...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Confissões


Sei muito bem que o "eu amo-te", até que nem é difícil de se fazer ouvir, ou de o apregoar.
Contudo, tudo o que daí advém, já requer mais perícia linguística, mesmo até do olhar pois, não tão fácil assim.
Eu digo sinceramente, sou uma chata amorosa compulsiva, sou melada quando acho que tudo é lindo, a chuva é melodiosa, o frio um pretexto e o silêncio uma obra de arte.São os telefonemas, as mensagens e agora os emails, tudo me serve para "consumir" a minha vitima, o meu amor.
Gosto das palavras caladas logo pela manhã, enquando o tempo aquece e o café anima o silêncio e o cansaço de uma noite pensada a preceito.
Por isso o S. Valentim deve ser sempre que nós quisermos, enquanto a saudade espreita e toma conta dos beijos molhados, à luz do luar,com a chuva a bater nas vidraças, onde a brancura dos lençóis aquece o tempo, sussurrando doces palavras de juras de amor eterno, eterno enquanto dura!
Carolina

Hoje estou triste


A tristeza invade e toma conta do tempo.
As palavras que me ocorrem são melancólicas e viradas do avesso da alegria, que normalmente, consomem o ar que respiro.
Mas hoje, nuvens negras, pairam no meu sentir, provavelmente irá chover no meu contentamento, senão faço o treino do pensamento matinal, sim esse em que arrumo as gavetas da nostalgia e calo o teu silêncio, com as palavras da memória, com o teu olhar que habita no meu ser...
Essa tristeza que me consome os sentidos é acompanhada pela música do teu afastamento, da ausência das tuas palavras.

Mas tudo é efémero, até a minha tristeza...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O nosso sonho


Sonho ou estupidez?
"O sonho comanda a vida, sempre que o Homem sonha..."tretas, são balelas que facilmente caem pelo ralo abaixo.
Eu sonho, tu sonhas, mas nós, não sonhamos e depois?
Depois, é seguir com a vidinha em frente porque as coisas não estão para liricos, sonhadores...
É preciso andar bem acordado para os abutres não poisarem com conversas da treta e levarem a água ao seu moinho.
Cada vez que caímos no conto do vigário perdemos umas noites de sono e essas nunca mais voltam, isso é que é verdade, ao contrário dos sonhos que teimam em ser alimentados por encontros de última hora, outrora alimentados e posteriormente embebidos por licor beirão com gelo, passando por um piquenique muito cuidado.
Pensava que sim, que era permitido sonhar, que todos tinhamos direito, mas pelas respostas que oiço, ou seja ausencias caladas, concluo que afinal há outra forma de sonhar, uma forma que terminado o repasto, logo se esquece o tempo.
A estupidez do sentir fica, mas logo passa e então voltaremos a sonhar, até que cheguem as estrelas e tudo volte a ser algodão doce ou chocolate quente nas noites frias à lareira, num ombro cheio de saudade, sonhando em unissono.
É o meu sonho, é o teu sonho e tem de ser o nosso sonho...

Carolina

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Os dias são feitos de esperas....

Também os dias são feitos de esperas, de vidas destroçadas pelo tempo, que teima em passar descompassado.
Lá fora, numa esquina, um mirone espera a melhor hora para atacar, uma nesga de vontades desfeitas pelo desemprego tirou-lhe o pão, a cama e a roupa lavada.
Risos acerbados de pares de namorados felizes fitam estrelas e juram amor eterno, acompanhados por vagas melancólicas de luar.
O sangue corre nas veias, espera-se que uma artéria entupida pelo fumo,encontre o caminho da verdade, até que a estupidez acabe.
Nunca se sabe o que pode acontecer, o destino é traiçoeiro e o amante é um perigo constante na vida certinha da rainha.


Agora, é vê-los passar de mão na mão, que raiva!!!




Carolina

De que me servem...

De que me servem as palavras
se emudeço...
E os teus beijos
De que me servem
se os não recebo...
De que me serve o tempo
se nem sequer te conheço.
Para que te trouxeram,
se me é proibido embriagar-me
com o teu perfume.
Porque me roubaram do alfabeto
as letras do teu nome,
os símbolos da tua presença...
Como é possível discretear o mundo,
sem gritar ao vento que te quero!
De que me serve o sonho
se ele não embala o meu sentir
E o amor...
De que me serve o amor
se é um esconderijo...

Carolina

Amar-te é plantar um sorriso na alma

Amar- te ...
É colocar um sorriso
Na alma esquecida no tempo.

São desejos pintados de risos
Corridos pela pressa
Pela brancura do brilho nos teus olhos.

É um tempo sem fim
Onde me quero perder
Em paletas coloridas
Serpenteadas de júbilo e paz.

É um aconchego de prantos
Onde beijos loucos, roubam a tristeza
De palavras caladas misturadas de lágrimas,
Que sobrevoam o presente
Bordado de um pretérito sentido.

Amar-te...
É fechar trincheiras,
cortar o pensamento
e seguir em frente!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Vem....

Embala-me as quimeras
que perdida me sinto
Na noite escura
A andar pelas vielas.

Ouço trovas e cantigas
que me embalam no tempo
Quando a Lua vem até nós
Somos eternas amigas.

Sinto o teu sorriso
Que me acalma
O teu amor sincero
Eleva-me a alma.

Vem acalmar meu coração
Trás o desejo contigo
Sinto tanto a saudade
Vem e ama -me de verdade .

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Guardo o desejo no pensamento

Fosse o destino quase um amuo
Fosse o tédio quase o silêncio
Fosse o tempo quase um sussurro.

Pintasses tu esta cor de amor
Seria delirante este sabor!

Levaria a vida nas minhas asas
Estaria o grito naquele momento.

Roubaria o teu encantamento
Seria tua estrela sorridente!

Mas não tens o sonho contigo
Levas as ruas para outro sentido.

É proibido intensificar este olhar
Pois a vida fica a chorar!

Guardo o desejo no pensamento!
Vou-me deixar de ansiar pelo tempo
Não mais marcar o sofrimento...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Dois pesos e duas medidas

Colocando os pratos na balança e medindo a intensidade da paixão é raro sentir que o fiel se encontra em equilibro.

É certo que a paixão não pode ser medida ou pesada, logo é impossível saber quem ama mais e quem ama menos.

Normalmente essa questão é posta em causa, prevendo-se até que o mel venha a esbordar para um lado, em detrimento do outro.

Permitam-me dizer ainda, que nestas coisas, as palavras têm muito a ver com a paixão, elas fingem poesias mais ou menos elaboradas, pondo em causa um certo misticismo nem sempre apreciado pelos intervenientes.

Se falarmos em saudade, então entramos num beco sem saída, porque há coisas que nunca mais voltam a ser como dantes, o tempo manda borda fora essas mesquinhices, mais cedo ou mais tarde.

Assim, penso que os pesos e as medidas são diferentes, quando se "mede" em actos e acções a intensidade da paixão, no homem e na mulher.


Carolina
Ontem, foi mais um dia em que o tempo se esfumou como nuvens procurando poiso para cair.
Aquele Sol nunca mais apareceu, apenas as palavras deram ares de si.
Não é que me deixe deprimida, mas gostava que aparecesse e desse um sinal de sua graça.
É verdade que os pintos andam na neve e o sapo continua no banco a contar cheques, mas e há sempre um mas, só que este...
Hoje sonhei com eles, foi bom.
Disse que não tornava a dizer, mas preciso e vou dizer, espero que um dia algo aconteça.
Espero que a verdade seja servida em novas alianças e as velhas se mantenham de pernas cruzadas, não vá o instinto dar uma volta de cento e oitenta graus e tudo virar do avesso.

Um dia vou morar no céu e então serei a tua eterna amante...!