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domingo, 13 de junho de 2010

O abismo

Eu sei que por vezes sou o frio de braços abertos para a vontade de acontecer.
De vez em quando, caminho na noite solitária, acompanhada de coisa alguma. Talvez por isso aqueça os pés no teu regaço.

Sei que o futuro se prepara no presente guardado a sete chaves e mais uma, para a questão. Embora cansada, vejo necessidade de sorrir e de comer tolerância ao jantar. Não são muitos os anos e as desculpas custam a pedir, mas mesmo rindo, marquei pontos na tristeza.

Ontem, vi um alguidar cheio de fruta e logo pensei na vitória dos meninos a cantar os reis para uma plateia trombuda, mas necessária ao nosso bem estar.

Amanhã, caminharei de saltos altos para o abismo, espero sair dele com vida, apesar da tolerância a rondar o zero, entre as partes.

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